Comemorando seus 35
anos de existência, o Paço das Artes abre suas portas para uma ocupação
de cerca de 70 artistas e 10 interventores, transformando-se em um
grande espaço de experimentação. Os artistas estarão presentes durante
cinco horas diárias produzindo suas obras, instalações, intervenções.
Cada
artista estabelecerá seu projeto: poderá estar em sintonia ou não com o
grupo, poderá prever ainda uma finalização com caráter expositivo,
poderá deixar em aberto para o artista que irá ocupar o espaço no turno
seguinte intervir na obra iniciada, poderá produzir trabalhos a partir
da própria experiência de ocupação. A proposta é inteiramente livre.
Artistas participantes:
Adriana
Peliano, Ana Amélia Genioli, Ana Teixeira, Augusto Citrângulo, Beth
Moysés, Bruno Vilela, Caetano Dias, Camila Sposati, Canal
Contemporâneo, Casa Blindada, Daniel Nogueira de Lima, Daniel Salum,
Del Pilar Sallum, Diego Castro, Domitíla Coelho, Eduardo Verderame,
Eide Feldon, Eva Castiel, Fábio Flaks, Fábio Torres, Fábio Tremonte,
Fanny Feigenson, Fernanda Chieco, Geraldo Souza Dias, Giselle
Beiguelman, Graciela Rodriguez, Helga Stein, Jean Pierre Isnard, Jorge
Menna Barreto, Juliana Pikel, Jum Nakao, Kika Nicolela, Lali
Krotoszynski, Lucila Meireles, Marcus Bastos, Marga Puntel, Mariana
Lima, Mariana Meloni, Marina Reis, Marília Fernandes, Mídia Tática,
Mirtes Marins, Neide Jallageas, Nino Cais, Niura Bellavinha, Oficina da
Luz, Paulo D'Alessandro, Paulo Gaiad, Paulo Lima Buenoz, Paulo Telles,
Patrícia Osses, Pedro Palhares, Rafael Marchetti, Raquel Kogan, Rachel
Zuanon, Renata Padovan, Renato Dib, Regina Carmona, Regina Johas,
Ricardo Hage, Ricardo Carioba, Ricardo Ruiz, Roger Barnabé, Sheila Mann
Hara, Site Específico, Sonia Guggisberg, Teresa Viana, Vera Bighetti,
Vera Martins, Vera Sanovicz e Walton Hoffmann.
Paço das Artes
Av. da Universidade I - Cidade Universitária (USP)
11 3814 4832 - terça a sexta, das 11h30 às 19h
Sábado e Domingo, das 12h30 às 17h.
SOBRE OCUPAÇÃO NO PAÇO
Daniel Manzione
13.06.2005
"Quando eu canto
Que se cuide
Quem não é meu irmão"
Baioque – Chico Buarque
Ocupar v. t. 1. Estar ou ficar na posse de. 2. Invadir, conquistar. 3.
Tomar ou encher (algum lugar no espaço). 4. Dar trabalho ou ocupação
a. P. 5. Dedicar-se a; cuidar de. Ocupação sf.; ocupante adj. E s2g.
Como
todos sabem, presumo, a definição das palavras oriundas do dicionário,
é apenas o porto seguro de onde as palavras saem/chegam, para se
perpetuarem para outras gerações.
Ou seja, as palavras só
estão vivas quando as pronunciamos e nos comunicamos socialmente.
Ressemantizamos as palavras, atribuímos novas significações a elas, nos
apropriamos ideologicamente delas, mesmo sem nos darmos conta, e às
vezes, em atitudes levianas, nem prestamos atenção aos desserviços que
prestamos.
Todos esses pressupostos citados acima é um assunto
incrível, pertinente e profundo a ser debatido, mas não se trata disso
que estou aqui para falar. O assunto que gostaria de tocar
tangencialmente e aforismaticamente é o caso "Ocupação no Paço das
Artes" (se esse é o nome que se deu a esse evento).
*
Ocupação
é uma palavra que, tal como diz em uma das definições "aureliescas"
significa "invadir, conquistar" "estar ou ficar de posse". Significados
corroborados hoje em dia pela prática estratégica de diversos
movimentos populares, tal como o MST, MTST, Comunas Urbanas, MSTC e
outros.
*
Práticas estratégicas e principalmente
subversivas, pois tencionam o estado das coisas estabelecidas pela
democracia liberal. Para dizer o português claro: A PROPRIEDADE PRIVADA.
*
Seus
objetivos finais não estão aqui em discussão, mas somente os fatos
políticos que estabelecem com o espetáculo capitalista, a mídia em
geral e a opinião pública.
*
As ocupações partem do
pressuposto de que existe alguém que domina legalmente determinado
local, segundo a constituição liberal brasileira, mas que é de
fundamental importância iniciar uma práxis que combata os pressupostos
que legalizam a existência desses locais privados.
*
As ocupações legítimas são fatos fundamentais pois criam uma cultura da insubmissão anti-capitalista.
*
As
falsas ocupações, tais como a realizada no Paço das Artes, só prestam
um desserviço à prática de luta dos movimentos populares nacionais,
pois reduzem o significado da palavra e a tornam socialmente inofensiva.
*
INOFENSIVA E PELEGA
*
Os
Museus são instituições Públicas (de poder do Estado), Privadas (de
poder do Capital) ou Mistas. Não é preciso fazer nenhum comentário
sobre isso.
*
Museus (ainda discutível) e Galerias são Aparelhos Ideológicos do Capital
*
A
ação oportunista do Paço das Artes, e a adesão leviana (é o que tento
acreditar) por parte dos artistas é uma conjunção de forças sociais
destrutiva para a continuidade das lutas anti-capitalistas e
principalmente seu poder no imaginário social
*
O suposto
ato de liberdade dos artistas, condensado nos trabalhos que realiza e
ações que pratica, o torna um sujeito socialmente desestabilizador. A
desestabilidade pode tender para um lado ou para o outro. A falta de
consciência dos artistas de sua identidade classista/ideológica pode
tornar o artista um sujeito perigoso. De que
lado você samba?
*
A
sociedade de Classes é uma sociedade integralmente e genuinamente
ideológica. Se não tivermos consciência ideológica, numa perspectiva
totalizante, dos atos que realizamos, podemos estar, como já disse
anteriormente, prestando desserviços à superação do próprio sistema a
que estamos submetidos.
*
Estamos submetidos, ou nos submetemos.
*
O
pensamento dialético é o único pensamento possível para se pensar a
vida, a política, a sociedade e a arte (ou sua definitiva destruição)
hoje em dia e desde 1848.
*
Toda denúncia prenuncia um anúncio
*
Parafraseando
Godard em sua fase Revolucionária: O problema central é que as pessoas
que fazem política hoje não sabem muito bem o que é a Arte e não querem
entender, pois acham que isso é somente perfumaria,
e as pessoas que
se interessam por Arte, não sabem muito bem o que é a luta de classes e
realmente o que são as lutas revolucionárias, deixando a cargo da Arte
somente uma abordagem ideológico-humanista da
sociedade e de sua possível transformação.
*
Ninguém
encontrará Debord, muito menos os situacionistas (coisa na moda hoje em
dia) senão reencontrarem MARX e o sentido da TOTALIDADE.
*
Como somente o pensamento dialético nos redime: Quem é culpado? O PAÇO das ARTES ou os ARTISTAS que estiveram por lá?
*
Definitivamente a palavra OCUPAÇÃO estava no local e na hora errada.
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ESTRANHA DORMÊNCIA: OCUPAÇÃO no PAÇO DAS ARTES
Flavia Vivacqua
14.06.2005
Depois
de experiências como a do ACMSTC, em que 120 artistas se colocaram em
ação, junto a Ocupação Prestes Maia, onde habitavam 2000 moradores do
MSTC – Movimento Sem Teto do Centro, em novembro de 2003 e a Favela do
Moinho, um ano depois... frente a vivência com os coletivos de arte,
que se esforçam para manter uma produção autônoma e pública... fica
difícil aceitar qualquer construção histórica cultural. Principalmente
quando um espaço público como o Paço das Artes, na USP e uma quantidade
enorme de provedores culturais, utilizam-se equivocada mente e no
mínimo ingenuamente das questões que envolvem
uma Ocupação. Que
sentido há nessa ocupação? Que sutil 'reality show' a cultura se coloca
e com qual finalidade!? Comemorar os 35 anos do Paço das Artes ou os
R$3,00 de entrada, que os
espaços públicos de cultura do Estado estão cobrando e que torna-se prática do Paço a partir desse evento?
Que
estranha dormência impede os provedores de cultura, de reconhecerem e
utilizarem as ferramentas que tem a mão? Por que o Paço da Artes e
todos que estão envolvidos nesse evento, com a ideia de ocupação e com
o reconhecimento da precariedade existente, imprimem esforços de
mobilizar e organizar tanta gente, se utilizam do acesso a mídia que o
meio cultural naturalmente tem... mas não realizam a ação em sua real
potência transformadora? Por que não repensamos nossa situação e nossas
ações diante dos problemas do sistema cultural de que fazemos parte? A
construção deteriorada da historia, no caso a cultural, se dá nesses
momentos:
quando fazemos vista grossa a questões que por terem uma dimensão
social, parecem não estar diretamente relacionada a nós; ou quando
iniciativas privadas, com interesse particular, ocupam o espaço
público
com o discurso de inovação; ou ainda quando somos ludibriados com a
espetacularização e nos doamos barato as suas promessas; ou ainda
quando perdemos a chance de em um evento reconhecidamente
histórico, de nos mobilizamos verdadeiramente frente aos problemas culturais que nos soltam aos olhos e ouvidos.
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De: Patricia Canetti
15.06.2005
Flavia,
Os
artistas foram chamados para ocupar o Paço das Artes num momento em que
ele simplesmente fecharia as portas. As curadorias programadas haviam
sido canceladas por falta de recursos e havia o agravante político da
mudança da secretaria de Cultura que estava para acontecer. E porque
não fechar, seria mais honesto, eficaz? Ou, quem sabe o governo podia
gostar da idéia e alugava outro espaço para algum Banco Santos da vida
ou alguma multinacional do entretenimento... Confesso que pensei
ingenuamente que o nome Ocupação conectaria as pessoas a gravidade da
situação ou pelo menos fariam elas se perguntar o porque de uma
instituição pública dentro de uma universidade estar fazendo uso de um
termo tão forte...
Acho que a ação com real potência
transformadora está se dando agora com a Ocupação, quando estamos
trocando idéias aqui e lá (soube que os textos do Coro foram impressos
e colocados no blog low-tec - um enorme quadro-negro com giz e
tachinha, que tem a heróica tarefa de conectar os dois espaços do
Quebra). O tempo interno da Ocupação está delicioso, parece cidade do
interior, temos tempo para prosearmos a vontade!
Só para o seu
conhecimento, já que você não tem ido muito ao Paço, o ingresso começou
a ser cobrado no início do ano, justamente devido a penúria financeira
da instituição.
Aproveito para te dar uma notícia sobre um outro
assunto. Amanhã temos no Rio uma reunião para escolha de representantes
para um seminário sobre a câmara setorial de artes visuais que, devido
a falta de interesse crônica da classe artista por políticas públicas,
teve o seu processo paternalizado pela Funarte, que agora escolhe os
grupos que vão escolher os seus representantes, formando assim um
colégio eleitoral ao seu gosto.
Esse talvez tenha sido "um evento
reconhecidamente histórico, que perdemos a chance de nos mobilizamos
verdadeiramente frente aos problemas culturais que nos soltam aos olhos
e ouvidos".
Abraço,
Patricia
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De: Ricardo Rosas
15.06.2005
Patrícia,
Dessa
forma as coisas ficam mais claras. Ou seja, explicam-se certos pontos
obscuros. Do jeito que parecia antes, era um uso realmente gratuito (eu
diria até sarcástico) da palavra "ocupação", e sem dúvida inspirou
mesmo revolta.
Se o que está acontecendo é na verdade a ameaça
de fechar o Paço, a coisa muda de figura, e aqui nos vemos na mesma
situação quando do fechamento da Casa das Rosas. A ação, então, se
justifica, e o nome vira um adendo.
De qualquer forma, a
indignação da maioria, seja da Flávia, minha ou de outros (estou
falando mais por mim mesmo), deveria ser a mesma se a situação se
repetisse em casos que não esse, pois toda "apropriação" de má fé de
uma atitude que para os artistas envolve muito mais que pose ou estilo
mas urgência de interferir numa realidade muitas vezes cruel, pede
sempre uma resposta à altura, que subverta esse mesmo mecanismo
indiferente de apropriação.
Abraços
Ricardo
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De: Alexandre Menossi
15.06.2005
ola a todos que recebem estes emails da rede coro (sei que sao muitos)
já que a ação de ocupação no paco das artes e sincera, proponho a todos os artistas interessados a se dirigir
ao paco e ocupa lo de forma desordenada, de forma que o debate possa acontecer lá dentro efetivamente, não
somente na internet.
farei isto e chamarei todos meus amigos artistas para fazerem o mesmo.
que a arte se desamarre!
alexandre menossi
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De: Ricardo Rosas
15.06.2005
A
ocupação literalmente se dá por que o Paço anda mal das pernas, em
termos de grana. Coisa que eu não sabia. Nesse caso, a apropriação é
perdoável, mas o fato foi divulgado nos releases para a imprensa? Que
eu saiba, não. E isso realmente gerou mal-entendidos entre os artistas.
Outra
coisa é que esta lista está literalmente rolando num blog-mural no
Paço, mas foi pedida autorização a nós para esse uso? A sensação de
"vigilância velada" não aconteceria se as coisas fossem mais
transparentes.
Por outro lado, acho que esse debate, à parte
quaisquer interpretações apressadas, é muito estimulante e vale para
que se repense a questão de como coletivos podem estar sendo cooptados
pela máquina publicitária e institucional sem se dar conta, como a
mistura entretenimento e ação pode estar esvaziando o discurso crítico
e permitindo essa cooptação, e como está patente a falta - esta sim
mais revoltante que a apropriação indevida - de uma real intervenção em
problemas ou situações pontuais quando necessário. Talvez seja esse um
momento valioso para que discutamos se a mistura "arte, entretenimento
e política" não pode estar sendo minada, por um lado, pela
predominância de uma dessas partes, e por outro, pela falta de uma
maior asserção em questões concretas e palpáveis.
Não será o
"bunker" Daslu um caso muito mais escandaloso que um Paço precário de
grana pedir a "invasão" de artistas para uma exposição?
Abraços
Ricardo
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De: Fábio Tremonte
15.06.2005
Ricardo,
é isso mesmo.
Me
assusta ver uma guerra entre artistas, uma guerra não declarara, muitas
vezes veladas, e na maor parte do tempo sem propósito.
Acredito q devamos nos engajar e lutar contra o que realmente é poder...Daslu...Mensalão...Fome...
Concordo contigo e aperto sua mão...
Fábio
Aos artistas da "Ocupação", ao pessoal do Coro e a todos que ainda se interessam por instituições culturais.
Caros,
Que bom que finalmente a discussão começa a tomar rumos interessantes.
A
proposta de "Ocupação" do Paço das Artes deve-se à necessidade que a
equipe do Paço e eu sentimos em nos posicionar frente a penúria que as
instituições culturais estão vivendo em nosso país. Não se trata apenas
de falta de verbas, mas sim, o que é mais grave, da ausência total de
políticas culturais públicas para o exercício pleno da arte
contemporânea.
A idéia de oferecer o Paço à "Ocupação" dos artistas
responde, de forma silenciosa, a uma situação lamentável em nosso meio:
de um lado as elites se impõem à cultura pelo exercício da plutocracia,
ou, pior ainda, como bem lembrou o jornalista Mário César Carvalho em
recente artigo "A morte do MASP", as nossas elites preferem pagar
R$8.000,00 por um terno a colaborarem ativamente com as instituições,
em crítica ao advento da Daslu. De outro lado, o circuito de arte
(artistas, curadores, produtores, instituições e mercado) parece pouco
atento a estas circunstâncias.
O Paço das Artes chega aos seus
35 anos com o perfil de programação definido e sistemático, mas ainda
assim sem verbas para novas programações, com um mobiliário mambembe,
funcionários apaixonados pelo seu trabalho, mas indecentemente pagos, e
sem verbas para poder continuar o trabalho de forma planejada pela
falta de manutenção do seu cotidiano - tal como reforma elétrica, de
cabeamento de rede, atualizações de computadores e linhas telefônicas
com funcionamento precário ou quase nulo. Poucos, a não ser nós mesmos
parecem se importar com a gravidade de tal situação.
Todos os
artistas que participam da "Ocupação" foram alertados com muita clareza
a respeito desses fatos. Discutimos até que não caberia a diretoria do
Paço das Artes encabeçar mobilizações a esse respeito, mas apenas dar
ao meio total ciência dos fatos e abertura à "Ocupação" e aos debates
que dela poderiam surgir.
Ao tentarmos tornar esses fatos
públicos, fomos surpreendidos com a omissão total da mídia impressa. Em
entrevista ao Estadão e a Folha enumerei pessoalmente os problemas
elencados e a razão de fazermos uma "celebração", hélas, com um
vernissage de espaço em branco, mas a imprensa mostrou-se surda, cega e
muda, limitando-se a publicar o tal do arroz-feijão, ou seja, apenas o
serviço.
O projeto da Ocupação pretende, isso sim, criar
oportunidade de encontros e trocas entre os interessados na
continuidade de uma instituição como essa, pois cabe a sociedade civil
e ao meio artístico lutar pelos seus interesses. Como temos visto em
nosso meio, o que é que está faltando?
Primeiro, a clareza de
discernirmos em que medida a ausência de instituições culturais
equipadas e aparatadas para suportar as demandas da contemporaneidade
nos beneficia ou prejudica. Incluem-se aí verbas para programações
completas (que pudessem subsidiar obras e cachês de artistas, para além
dos orçamentos normais de produção, exibição e difusão de mostras) e
manutenção básica dos espaços.
Segundo, falta a discussão profunda e livre de preconceitos entre as partes, acompanhada de análise realista da situação.
Terceiro,
a decisão pelo traçado de estratégias de ação. Ou deixar o processo a
deriva, já que nem mais a dimensão simbólica prevalece nas instituições
brasileiras.
Esse espaço de discussão - potencialmente
constelado no Paço das Artes durante seus 45 dias de Ocupação - poderá
ou não gerar resultados interessantes tanto em direções políticas,
quanto mercadológicas e culturais. Ou poderá revelar, mais uma vez, a
nossa inaptidão a nos mantermos vivos no sistema vigente e seu devir.
Quem
somos? Onde estamos? E para onde queremos ir de fato? Dependerá de
todos nós e da nossa inteligência para conduzirmos negociações e
estratégias. A conversa começa agora e sinceramente espero que seja
construtiva. Sugiro um primeiro encontro com data e hora marcada no
Paço das Artes. E aí, quando será?
Um abraço a todos,
Daniela Bousso